20 de set. de 2011

SE HÁ OUTRA MANEIRA

Diretamente relacionado ao que aconteceu à cidade do Natal nesta última semana, todos com um mínimo de consciência crítica puderam perceber que os rumores ainda são a maioria das informações que chegam até o grande público, ou à “massa” como diriam meus professores.
Os americanos usam o termo “RUMORS” para classificar a fofoca ou boatos no seu idioma. Usarei o cognato em português, embora ainda não seja formado como comunicador deve tratar-me como tal e pessoalmente, não gosto de tal definição para exemplificar uma coisa a qual poderíamos viver sem, e muito bem.
Enquanto na última sexta feira boa parte dos que acompanhavam a cobertura da série de ataques aos ônibus através do twitter de vários veículos comprometidos com a informação verídica, confirmada e só ai então depois repassada, outros “retuitavam” notícias de perfis que soltavam e/ou alimentavam rumores na rede com o propósito de instaurar o caos, talvez apenas com o propósito de aparecer no search de tags.
Primeiramente, muitos perfis de twitter são de pessoas que se intitulam aspirantes à jornalistas ou coisa parecida por que tornaram-se retuitadores amadores que sequer sonam, checam a fonte de seus “furos” de retuitagem. Recomendo carinhosamente que o façam, ao menos para que haja uma certeza, mesmo que mínima ainda,  de que o que pode se proliferar, tenha uma parcela de realidade em seu conteúdo.
Se há outra maneira de tornar algo falso verdadeiro, o twitter mostrou o seu poder de fazê-lo no momento em que seus usuários multiplicavam a informação, baseando-se no ditado que diz que uma mentira contada várias vezes, a torna uma verdade.
Quanto ao ocorrido, partilho com vocês apenas o pensamento de que moramos em uma cidade que cresce demograficamente  oferecendo poucos empregos,  educação de baixa qualidade e por muitas vezes inacessível e consequentemente,  tem se tornado cada vez mais propícia a vulnerabilidade social que o capitalismo oferta como bônus para quem não tem um condições de viver sem ser tragado pela voracidade proposta pelo ritmo de crescimento necessário para que haja uma sincronia perfeita.
Estendendo a minha opinião ainda deixo aqui ressaltado o fato de podermos contar sempre com a omissão do nosso governo. Não basta morar em uma cidade com tarifas exorbitantes de ônibus, luz, água e pagarmos pelos buracos não somente uma, mas duas vezes por ano através do IPTU e IPVA, temos ainda de viver com a falta de expressão da polícia.
Se essa é a Natal que precede a copa de 2014, honestamente tenho medo desde já de viver na Natal pós 2014.

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Natalense, amante de carros, tecnologia e música pop. Estudante de RÁDIO E TV e agora, blogueiro.