7 de abr. de 2011

VLT, BRT ou METRÔ?




Modelo de BRT na cidade de Bogotá-Colômbia 
VLT cearense - feito em cima dos antigos trens brasileiros 
  O VLT (veículo leve sobre trilhos) parece ser a solução mais apropriada para as cidades brasileiras com problemas de transporte, por apresentar simplicidade na estrutura e ir de encontro a soluções para o transporte de massa nas capitais e regiões metropolitanas.   Em algumas cidades da Europa, o pequeno trem divide espaço com carros em trechos urbanos, com a devida sinalização. Comparado ao metrô de superfície, é implantado muito mais rapidamente e aparece como uma alternativa ligeiramente mais barata de transporte de massa com maior eficácia que o ônibus. Além de serem movidos à energia elétrica, em várias partes da europa também há propulsores híbridos, o que não tão facilmente deve ser repetido por aqui. No Recife o VLT substituirá os trens até agosto e também serão movidos à diesel. A solução para o VLT pernambucano vem do Ceará onde por sinal, já fez sua estréia, na região do Cariri. Assim como no modelo cearense, o pernambucano utilizará os mesmos trilhos usados pelas velhas locomotivas da CBTU (possivelmente devido ao interesse na redução de custos) e serão integrados a rede METROREC e fará integração com a rede metropolitana entre ônibus e metrô com uma tarifa de R$1,85. Os investimentos para o novo modelo de transporte para a região metropolitana do Recife estão na ordem de 63 milhões de reais.
VLT europeu 
Porém, mesmo diante de uma redução no tempo de implantação devido a reutilização de uma malha ferroviária já existente no país, nesta semana houve um impasse político sobre o modelo de transporte a ser adotado para Natal (isso não está acontecendo exclusivamente na capital natalense) para receber a copa do mundo de 2014, e como não poderia deixar de ser, mais uma possibilidade surgiu: o BRT (Bus Rapid Transit). Este modelo, que nada mais é que um ônibus com capacidade para até 200 passageiros, bi-articulado e que precisa de corredores especiais para poder transitar devido as suas dimensões, é uma evolução do modelo adotado por Curitiba com sucesso desde o início dos anos 80, revisitado e inspirado nos modelos de alta performance adotados no México e na Colômbia. O modelo tem sido o preferido devido ao menor tempo de implantação e o baixo custo. Quanto aos custos, os recursos para 17 quilômetros de metrô construído, daria origem a 300 quilômetros de vias específicas para o BRT, enquanto o VLT teria custo médio de 40 milhões por quilômetro. Em Cuiabá, o custo total do VLT, orçado em 2009, seria de 1,3 bilhão de reais, fora o custo do vagão (igual ao modelo europeu) que é de 250 milhões. Seja qual for o modelo de transporte a ser adotado, deve-se lembrar que Natal precisa de uma solução não apenas para a copa do mundo mas sim, para toda a região metropolitana, não podendo deixar de fora, todas as cidades que cercam a capital em até 40 quilômetros como acontece em Recife, Fortaleza e Salvador. 

 O modelo de transporte terá de reunir sustentabilidade, baixo custo não apenas para a implantação mas também para o cidadão, agilidade e suprir a demanda de regiões que hoje, tem cerca de 1,2 milhão de habitantes (Natal).
Precisamos ter a consciência de que temos a chance de resolver um problema no transporte urbano de Natal, que nunca foi bom e não apenas nos orgulharmos de ter bolas rolando no no gramado da arena das dunas que nem existe e que se for mesmo construída, terá um custo de quase 1 bilhão de reais e depois vai receber os shows de fim de ano, Roberto Carlos e o clássico ABCxAMÉRICA.

  O que merece mais atenção?

   Rafael Xavier Barroca

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